Confesso que não sei se existe mesmo esse tal de recorde negativo.

O fato é que na prática, já se foram dez jogos sem vitória.

Se não for recorde, o que será?

Derrocada? Desastre total? Tsunami?

O que vive realmente o time do América?

Crise, parece ser a palavra de ordem.

Interna, externa, lateral, perpendicular, etc.

As palavras do presidente Gustavo ecoaram com uma bomba.

A contratação do Martelotte não fez ainda efeito algum.

Alguns jogadores desaprenderam simplesmente.

Outros hibernam em campo.

Um verdadeiro caos.

Lembrar que se a coisa não funciona na série B, existe uma saída: a Copa do Brasil.

O América recebe o Flamengo na quarta-feira na Arena das Dunas.

O problema é que a grande maioria do torcedor rubro, já não acredita tanto no milagre.

De qualquer forma, só não pode continuar do jeito que anda.

Vencer um desafio tão grandioso poderá trazer um novo ânimo.

O medo que faz é que as últimas forças da equipe estejam reservadas para tal confronto.

E depois? Logo de cara, vem o Joinville. E outros e outros.

A continuidade na série B é o único caminho que existe para salvar o centenário que está chegando.

 

Atingiu em cheio o mundo rubro.

Forças ocultas?

Quem estaria trabalhando contra o América, dentro do próprio clube?

O presidente Gustavo não foi muito claro.

Apenas denunciou, sem dar nome aos bois.

Precisava ter sido mais incisivo. Mostrar provas e nomes.

O América vive um momento conturbado dentro de campo.

Não ganha jogo faz tempo.

Escuda-se tão somente, na goleada diante do Fluminense no Maracanã e pronto.

Classificação na Copa do Brasil e de quebra dois jogos contra o Flamengo.

Na série B, o time tem servido de chacota.

Simplesmente, desaprendeu a jogar.

Nem a chegada do Marcelo Martelotte trouxe ânimo novo.

Hoje joga na Arena contra o Vila Nova.

Esse sim, já jogou a toalha, pois na acredita em milagre.

Então, é a oportunidade que surge de voltar a vencer.

O América não pode ficar espremido em baixo da tabela.

Faz dois jogos seguidos em casa, além de um terceiro contra o rubro-negro carioca.

Vencer hoje é condição única.

Muito antes mesmo que o presidente Gustavo anuncie o nome ou nomes.

O América precisa de paz, dentro e fora de campo.

 

 

E todas as rodadas restantes, são rigorosamente iguais no sentido de definição.

Sem exceção, é bom que se repita até a exaustão.

Não custa nada lembrar, em nome da permanência.

ABC recebe em casa o Atlético (G)), que já faz longo tempo que se afastou do abismo.

Time renovado, no espírito e na técnica, deixando para trás a podeira da inadimplência.

Sabe que mais alguns pontos o livrará de vez do fiasco, enquanto muitos, pode rá aproximá-lo da glória.

O América tem compromisso mais complicado. E bota complicação na história.

Enfrenta o Ceará que deseja voltar ao G4 e que andou perdendo pontos inesperados.

Sabe os alencarinos que uma vitória pode debelar o problema que ameaça tomar vulto.

E que os exemplos das temporadas passadas não podem ser repetidos.

Então, a rodada de amanhã é uma clarividência espantosa.

É vencer ou vencer. Aqui e alhures.

Desculpas não serão bem recebidas, melhor dizendo, já não serão aceitas.

O jeito mesmo é buscar superar o até então insuperável.

E a essa altura dos acontecimentos, todo o impossívdel deve ser visto como plenamente possível.

Podem acreditar.

 

Solidariedade teria limite?

No futebol ela existe? – Que eu saiba, não!

Aqui entre nós, a regra é diferente.

Ela existe e em escala avassaladora.

Vence barreiras do bom senso e penetra num universo obscuro.

ABC e América andam juntos hoje, mais do que nunca.

Aliás, quase sempre foram assim. Ao longo de toda a existência.

Nasceram praticamente juntos. Por pouco não foram gêmeos.

No entanto, o sentimento de solidariedade acompanha a trajetória dos dois.

As equipes brilham intensamente na Copa do Brasil.

Eliminam equipes poderosas, jogando futebol de gente grande.

Na Série B perdem juntas e despencam agarradas.

A noite de ontem foi o retrato vivo da solidariedade suicida.

O América perdeu em Goiânia para o Atlético, sem jogar absolutamente nada.

Em casa, o ABC foi derrotado pela Ponte Preta, com atua pífia.

Até os resultados foram iguais – 2 x 0.

A situação se torna a cada dia mais insustentável.

Mudar é preciso. O abismo está logo à frente.

O que está faltando?

Acho que foi ontem, numa emissora de rádio local.

Dirigente do ABC falando a respeito do atual momento do clube.

E, tentando acalmar a inquietude do torcedor alvinegro.

Sobre o elenco foi taxativo: – É espetacular, sensacional!

Pensando bem, os números não correspondem a afirmativa acima.

Quando chegou nos atacantes, afirmou: – Temos nomes de fazer inveja a muitas equipes.

Apenas lembrando: – Nem tanto. O ataque só funcionou 19 vezes em 22 jogos. índice ridículo.

O que mais chamou a atenção foi quando lembrou de uma cobrança da torcida.

Disse o dirigente: – O torcedor quer a contratação de um ala esquerdo. Engraçado, aqui mesmo no ABC temos um jovem atleta que pode ser convocado para a seleção brfasileira sub-20 e todo o santo dia é cortejado por Flamengo e Fluminense, grandes equipes do futebol brasileiro.

Questão que se levanta: – Se o jovem atleta é tão craque assim, por que não está jogando? Por que nem ao menos está sendo relacionado?

A Série B é uma grande vitrine para quem acredita no futuro.

E arremata, com energia: – Estamos preparando o menino.

Só Deus sabe lá prá quando?

Os garotos que chegam do São Paulo podem jogar. Os aqui nascidos, não.

Existe diferença na certidão de nascimento?

E ainda falam no grande trabalho de base…..

 

Está complicada. Complicadíssima.

Necessita de uma reação enérgica, urgente.

A vitória do Bragantino aproximou muito o time rubro da degola.

Marcelo Martelotte está chegando.

E vai precisar de fôlego para trabalhar essa recuperação.

O time rubro em campo, já não mostra tanto brilho.

Perdeu o encanto que o fez respeitado no país inteiro.

Algo internamente prejudica a caminhada.

Briga, desentendimento, outras questões.

Que precisam ser expurgadas do clube.

O tempo está cada dia mais curto.

Então vencer se torna uma obrigação imperiosa.

A empolgação na Copa do Brasil não fez bem ao América.

Verdade, verdadeira.

 

O empate no clássico-rei.

Não ajudou ao ABC avançar e o América continua estagnado.

Jogo disputado intensamente. Vontade e suor.

Como sempre deve ser um jogo ABC x América.

Primeiro tempo o alvinegro foi mais organizado; no segundo, os rubros chegaram mais perto.

Destaques no ABC: Samuel, Fábio Bahia, Somália e João Paulo.

No América: Márcio Passos, Val, Wanderson e Rodrigo Pimpão.

As defesas venceram o duelo. Resultado: 0 x 0.

Márcio Passos foi eleito por unanimidade, o Bola Cheia da partida.

A arbitragem de Ítalo Medeiros está sendo contestada.

Um lance de gol anulado (Max estaria em posição normal) e um pênalti não assinalado.

Falta sofrida pelo Wanderson na entrada da área adversária, transformada em advertência por simulação.

Dirigentes americanos reclamam bastante e falam em vetos para arbitragem potiguar.

Outro ponto negativo foi a presença tímida do torcedor.

Pouco mais de 40% da carga de ingressos foi vendida (10.168 pagantes).

Reflexo do televisionamento direto e situação indefinida dos clubes.

Depois do que se viu ontem, uma verdade: os dois times precisam de reforços.

A festa não  atingiu o brilho esperado.

 

Marcelo Martellote está chegando.

É o novo treinador do América.

A bela campanha na Copa do Brasil não foi suficiente para manter Oliveira Canindé.

Chega o Martellote para mudar o curso da história na Série B.

E com mais outras tarefas. Tão ou mais importantes que as do campo de jogo.

Terá de ser bombeiro, também. Apagar incêndios e aplacar vaidades.

Firmeza de atitudes deve ser sua marca na chegada.

Nada de indisciplinas, brigas. A paz deve reinar.

Só fica quem quer mesmo ficar.

 

E perde mais uma vez em casa.

Oeste venceu por 1×0.

Time rubro mais uma vez não jogou bem.

O jogo todo, é bom que se diga.

Me pareceu sem ânimo. Não sei por que.

Fez um jogo confuso. Faltou muita coisa, inclusive, inspiração.

Ninguém brilhou. Até o Arthur Maia que voltava, apenas regular.

E olha que o Oliveira Canindé colocou em campo o que tem de melhor em termos de criação

O time não é mais o mesmo. E continua caindo na tabela.

Lembrar que sábado é dia de clássico-rei.

A torcida começa a ficar preocupada. E com razão.

Algo precisa ser feito, antes que seja tarde.

 

O jogo do ABC em Varginha, contra o Boa.

Primeiro tempo foi sonolento, terrível.

Luciano Amaral, Liel, Michell e Rogerinho não entraram no jogo.

Resultado, se não fora duas grandes intervenções do Camilo, o placar seria diferente.

Ponto segundo tempo, Zé Teodoro mudou. E mudou para melhor.

Melhor entrou bem e Michell deslocada para a ala esquerda melhorou a performance.

Uma bola na trave de cada equipe e só.

Pelas circunstâncias, o ABC ganhou um ponto.

Com o time titular, a vitória teria sido mais visível.

E ainda não foi desta feita que o ABC emplacou vitórias seguidas na série B.

O Bola Cheia do jogo foi o goleiro Camilo do ABC, escolhido por unanimidade.

O time alvinegro retorna a Natal e fica na expectativa do clássico-rei no próximo sábado.