Adágio para Niemayer

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 29 de março às 07:51

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Oscar Niemayer era acordado todos os dias pela mulher, sempre às 8 em ponto. A frase era a de sempre: “acorde, Oscarzinho, já são 8 horas”. Diz ele que aquela frase vinha com tanta e profunda entonação de carinho, que ele, se fazia que estava dormindo, só para ouvir aquela música…


A poesia continua a mesma

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 29 de março às 07:48

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Górgias de Leontinos foi um sofista que viveu mais de 100 anos. Escreveu alguma coisa sobre a poesia: “…em suas várias formas, eu considero e chamo a poesia discurso com métrica. E quem a escuta é invadido por arrepio de estupor, compaixão que arranca lágrimas, ardente desejo de dor — e, por efeito das palavras, a alma sofre o seu próprio sofrimento ao ouvir a fortuna e a desfortuna…”

A poesia não mudou. Górgias viveu em V a.C.


A desolação dos poderes

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 26 de março às 20:30

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É preciso muito esforço para o cidadão do estado brasileiro acreditar no Brasil dos próximos anos.
O Poder Executivo aparelhado pelo PT, o da ala da lama. O Legislativo comandado pelo fisiologismo mais rasteiro de nossa história política.

E o Poder Judiciário, chefiado por um Supremo Tribunal Federal crescentemente infiltrado de juízes afinados com o pensamento ideológico de quem os nomeiam e que produziu esse cenário de desolação. Dessa cartola não pode nascer os grandes juristas que tivemos no passado não muito longe.

Onde encontrar a saída? Dançar um tango argentino, aquele da poesia de Manuel Bandeira?


Ditadura , mas sem ditadores.

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 22 de março às 10:54

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O presidencialismo brasileiro é, de fato, ditadura sem ditadores. Ou, dito de outra forma, uma democradura, como diria Stanislau Ponte Preta. Reparem na lista de atribuições e competências da Presidência da República:

Comandante Supremo das Forças Armadas. A milicada tem que bater continência para ele;

Nomeia os ministros do Supremo Tribunal Federal, de todos os tribunais superiores e do CNJ;

Veta projetos de leis aprovados no Congresso Nacional;

Interfere nas votações do Congresso;

Acumula chefia de governo com a chefia do Estado;

Nomeia quem o vai fiscalizar, ou seja, os membros do Tribunal de Conta da União e o Procurador Geral da República;

Nomeia 25.000 cargos na administração pública. Do ministro de Estado a chefe de almoxarifado da CONAB de Jardim de Piranhas, se quiser;

Planeja e executa a política econômica;

Nomeia diretoria de todos os Bancos estatais nacionais e regionais, inclusive o Banco Central;

Cobra impostos, concede benefícios e anistia fiscal;

Concede indultos a apenados, condenados até pelo STF;

Nomeia diretoria executiva das agências de desenvolvimento, como SUDENE;

Nomeia diretoria executiva das agências de tipo Anatel, ANP;

Controla os preços públicos;

Ou seja, o Presidente da República domina os poderes executivo, judiciário e legislativo. Só não manda na CBF. Separação de poderes no Brasil é uma estória de Trancoso. Não seria melhor um parlamentarismo?


Secura filosófica

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 21 de março às 09:39

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O primeiro filósofo foi Tales de Mileto, para quem a água foi a primeira realidade fundamental. Pensava e constatou o grego que a nutrição de todas as coisas é úmida, que as sementes e os germes de todas as coisas têm natureza úmida e de que, portanto, a secagem total significa a morte.

Filosoficamente, o PT está secando. Depois, a secura será transferida para a política e por fim, assado nas eleições.


Palavra cucaracha

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 18 de março às 19:05

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Palavra antipática, essa tal de “petroleira”. Coisa de cucaracha latino-americano. Temos petrolífera, muito melhor para classificar empresa produtora de petróleo. Petroleira é aplicada melhor à mulher que trabalha em campos de produção do óleo.
Temos também propinífera…


Corrupção indultada

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 18 de março às 19:03

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Pres. Dilma Roussef, no discurso de hoje a tarde, repetiu novamente o estribilho de que o seu governo não dá tréguas para a corrupção. Ouso acreditar que a natureza do governo não é exatamente essa como pintada pela presidente.
A regulamentação da Lei Anticorrupção repousou 14 meses no berço esplêndido de sua gaveta. E sua caneta concedeu indulto de Natal a um apenado do Mensalão, o ex-presidente do PT, José Genoíno, preso por corrupção. São atos que transformam em pó a retórica presidencial.


Impunidade e pena

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 18 de março às 19:01

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O combate à corrupção dispensa agravamento de penas. Bem o prova as investigações do Petrolão. Enquanto o Mensalão avançava, as mesmas figuras investigadas já tramavam contra os cofres da Petrobrás, sem nenhum temor das consequências de uma e da outra operação.

Independente do peso das penas, é a impunidade que encoraja o assalto ao Estado brasileiro. Todos os políticos mensaleiros já estão soltos.
Renato Duque, segundo o juiz Sérgio Moro, continuou recebendo propinas mesmo durante a Lava-Jato. Sabe que tem a proteção dos chefões da República e dos laboratórios doutrinários de certos tribunais.


Impeachment já

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 18 de março às 17:40

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O impeachment constitui elemento de direito penal. Mas antes de tudo, é instrumento político. A pres. Dilma Roussef não reúne mais condições políticas de conduzir a nação, pelos vários motivos conhecidos? Cabe ao Senado, casa política, aplicar politicamente um instrumento político.


Rumo a Zeus

Em por Carlos Linneu
Atualizado em 18 de março às 17:37

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Renato Duque preso. No caso dele, delação premiada será concedida apenas no caso de diferir das outras, conferindo novidades ou informações importantes desconhecidas. Ou seja: para escalão hierárquico de cima…