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Coema discute potencial de energia alternativa para o Nordeste

O segundo dia de encontro do Coema contou com a participação de representantes de todos os Estados Nordestinos que integram a Comissão e foi presidida pelo presidente executivo do Coema/CNI, Schelley de Souza Carneiro


Por Redação

O potencial de fontes de energia alternativa na Região Nordeste pautou a discussão dos membros da Comissão de Meio Ambiente de Federações da Indústria da região Nordeste (Coema/Nordeste) na manhã desta sexta-feira, dia 20, na Casa da Indústria. O segundo dia de encontro do Coema contou com a participação de representantes de todos os Estados Nordestinos que integram a Comissão e foi presidida pelo presidente executivo do Coema/CNI, Schelley de Souza Carneiro.

O vice-presidente do Sistema Fiern, Pedro Terceiro de Melo, destacou a relevância de abordar o tema de energias alternativas em meio a crise energética enfrentada pelo país, com reajustes excessivos de tarifas que trazem consequência graves à competitividade da indústria.

“Precisamos avançar em soluções. O momento é oportuno para discutir e apostar nas energias renováveis. O futuro do país está na geração de eólica e solar” afirmou.

O diretor da Fiern e presidente da Coema/RN, Roberto Serquiz, chamou atenção para a revisão de processos produtivos a partir do uso de nova energias e sistemas de eficiência energética para superar o momento de insegurança econômica que atravessa o país.

“Não podemos ficar apenas em discurso e relatórios, mas assegurar a continuidade de ações para ter resultados mais efetivos”, complementou Scheley Carneiro, que defende o trabalho em rede com a CNI e estados, considerando as particularidades regionais.

Conta aumenta 60% em um ano

O cenário pouco animador do setor energético brasileiro foi apresentado pelo vice-presidente do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico, Marcelo Moraes, que defendeu o uso de energias alternativas, além de segurança jurídica e regulatória para o setor. Em meio a baixa dos reservatórios hídricos em todo o país, devido a seca, o Governo adotou sistema de bandeiras tarifárias para tentar reverter o risco de racionamento e apagão.

A conta pelo realinhamento de caixas da cadeia produtiva do setor elétrico (empresas de geração, transmissão, distribuição, comercialização) acaba pesando no bolso do consumidor. “A conta de luz está 60% mais cara de 2014 para cá. Temos a terceira energia mais cara do mundo, isso tira a competitividade da indústria que se reflete ainda em perda na geração de renda e empregos”, analisa Moraes.

Quando comparado com os valores praticados há dois o aumento é ainda maior. Em outubro de 2013, a indústria comprava por R$ 121 o MWh, em março deste ano o valor saltou para R$ 388 MWh – um aumento de 221%.

Atualizado em 20 de março às 15:59


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