As redes sociais estão uma loucura. E não há o que fazer. Nem mesmo deixar de dar uma espiadinha. Como o jornalista catador de cenas diárias pode deixar de visitar as dezenas de endereços favoritos na grande rede?
Ontem à noite anotei algumas “teses” que as considero absurdas.
Exemplo: o Palácio do Planalto ajudou a compor a “Lista do Janot”. Renan e Cunha espalharam isso e é viral. Fazer o quê? O Ministério Público não dá um pio sobre a intriga e acho que o Dr. Janot está certo em não responder. O bobalhão ministro de Dilma mordeu a isca e caiu no quixó.
O cidadão confere a tal lista e encontra vários ex-auxiliares do governo federal como suspeitos. Peso pesado, como ex-ministros.
O editorial da edição desta segunda-feira (9) do jornal Folha de S. Paulo vai direto à veemente reação dos titulares do Congresso Nacional à inclusão de seus nomes na lista da Operação Lava-Jato:
“Duas circunstâncias atenuam o mal-estar provocado pelo injustificável sigilo. A primeira é que, com a atuação de Janot, estão longe de ter sido contemplados os interesses do governo Dilma Rousseff (PT), constrangido com as suspeitas lançadas sobre vários de seus ex-ministros. O segundo fator a conferir credibilidade ao pedido de investigações é, precisamente, o que parece haver de desespero nas tentativas de contestá-lo. Não é outra a impressão causada pelas declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e de seu equivalente na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)”.
A corda esticou quando o presidente da Câmara declarou que o governo federal busca “sócios na lama”. O editorial da folha paulista tira a surdina do pistom: “Sócios na lama? Mas quem não o é? PMDB, PP, PT, empreiteiras e parlamentares, nenhum escapa das mais graves suspeitas.”
E conclui:
“A intimidação retórica e a beligerância contra um Executivo notoriamente acuado não são capazes de recuperar – muito ao contrário – a credibilidade de ninguém”.
Bingo!