Marinho Chagas em cordel

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 4 de julho às 09:29

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O poeta potiguar Marciano Medeiros lança logo mais, 20h, na Capitania das Artes, aqui em Natal, dentro da programação “Sexta da Viola”, a biografia do craque Marinho Chagas em versos de cordel.
Seguem abaixo algumas estrofes e a imagem da capa do livreto poético.


Marinho Chagas viveu,
Tendo bastante emoção.
No futebol mundial,
Conseguiu repercussão.
Fez sucesso velozmente
Igual estrela cadente
Numa noite de São João.

Vou recompor seu passado
Nas páginas deste cordel,
Demonstrando a caminhada
De modo sempre fiel.
Descreverei um menino
Que neste chão nordestino
Venceu pobreza cruel.

Foi um construtor de sonhos
Numa luta desigual,
Espionava os torneios,
Jogados na capital.
Subindo nos arvoredos,
Observava os segredos
No Estádio Juvenal.

O garoto loiro e magro
Gostava de se arriscar,
Olhando os jogos de longe,
Pois não podia comprar
Ingressos para a partida,
Sem prever que sua vida
Iria se transformar.

Sendo Francisco das Chagas
Marinho o nome completo,
A oito de fevereiro
Nasceu feliz e repleto.
No ano cinquenta e dois,
Não foi antes nem depois,
Chegou bastante inquieto.

Seus primeiros passos foram
No Bairro do Alecrim,
Na linda Noiva do Sol,
Que cheira igual um jasmim:
Tem paisagem natural,
A deslumbrante Natal,
Mostra beleza sem fim.

Filho de Pedro Tomaz,
Do pai recebeu carinho;
E o nome da sua mãe:
Maria de Deus Marinho.
Este casal trabalhou,
A descendência educou
Para seguir bom caminho.

Seus irmãos cresceram todos
Passando dificuldade,
Às vezes, um par de tênis
Supria a necessidade.
Se os pés folgados ficavam
Com algodão completavam,
Sem demonstrar vaidade. (MM)


Francisco Cuoco

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 4 de julho às 09:27

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O
ntem, 3 de julho, fez 50 anos da estreia da primeira novela da TV Record, “Renúncia”, adaptação da dupla Roberto Freire e Walter Negrão para um drama radiofônico de Oduvaldo Vianna (o pai).

Ficou no ar de julho a setembro de 1964 e inaugurou a medição de audiência pelo Ibope.

A novela também fez história por ser a primeira do ator Francisco Cuoco, hoje um mito da dramaturgia nacional. Ele contracenava com a atriz Irina Greco.


Povo gosta é de porrada

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 3 de julho às 10:08

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J
á faz muito tempo que Fernando Henrique Cardoso, um dos poucos estadistas do Brasil, disse com sentimento de cansaço sociológico: “chega dessa república do nhem-nhem-nhem”. Ninguém jamais havia definido melhor a vida política nacional.

Não há nada mais medíocre no país do que a prática dos partidos e seus líderes nesses tempos de democracia pós-adolescente que cresceu entre mentiras históricas e retóricas eleitorais. Costumo repetir que o que é bom para os partidos é ruim para o Brasil.

A partir do governo João Batista Figueiredo, o último general da República militar implantada em 1964, o caldeirão da política ferveu numa sopa de letrinhas falsas e de discursos idem. Direita e esquerda engalfinhadas pela propriedade do nosso destino.

O trem da História não anda sobre bons trilhos por aqui, e confunde rotas supostamente distintas mas que levam a uma mesma estação sem passado e futuro. Todo mundo é maquinista de um presente estático, que nunca muda em relação aos políticos.

O velho Zé Sarney, observador astuto dos últimos 60 anos de fantasia, dizia que na República das bananas o governo era um instrumento ao bel prazer das mãos de todas as correntes, como um violino que se toma com a esquerda e se toca com a direita.

Em que país um levante militar de direita combate o comunismo reforçando o papel do Estado num ambiente capitalista? E em que nação um partido de esquerda chega ao poder com seu líder no papel de estafeta de empreiteiros com fome de lucro?

É esse o Brasil da direita estatista e da esquerda privatista, em que as figuras de Garrastazu Médici e Luiz Inácio Lula da Silva se confundem em teoria e prática, com a única diferença de que o primeiro tinha critérios morais e éticos não negociáveis.

Somos a nação do discurso eleitoral do simulacro, das conveniências pessoais disfarçadas em oratórias de pseudo-objetivo cívico. Quanto mais se fala nos palanques em discutir o país, mais se pratica nos bastidores as benesses do poder por vir.

Essa semana, aqui no JH, o ministro Garibaldi Filho (PMDB) reproduziu um lugar comum que aparece a cada eleição. Os políticos costumam tentar adivinhar o sentimento do povo e se danam a afirmar aquilo que presumem ser a vontade popular.

As lutas políticas no RN comprovam que a população é quem menos assume o discurso dos acordos entre adversários. A sabedoria popular se impõe nas urnas colocando no seu devido lugar governistas e oposicionistas, cada qual com o seu cada qual.

Não fosse a tal “paz pública” de 1978, que juntou o aluizismo com o dinartismo então representado na figura de Tarcísio Maia, o patriarca dos Alves não teria amargado a derrota acachapante de 1982, frente ao jovem prefeito de Natal, José Agripino.

De lá para cá, outras derrotas ocorreram em todas as correntes, sempre pelo mesmo motivo, ou mesmo pecado das alianças espúrias. Que o digam Wilma, Henrique, o PT e o próprio Garibaldi. Tem sido uma tradição o eleitorado dizer não aos acordos.

Quando uma liderança, de direita, centro ou esquerda, diz que campanha eleitoral só é boa com propostas políticas e administrativas, o povo reage exatamente ao contrário. O histórico diz isso. De nada adianta ser liberal quando a população é radical.

Por mais que os candidatos preguem o “fair play” das urnas, as arquibancadas dos eleitores querem ver a arena pegar fogo. A própria História da raça humana é uma sequência de anos produtivos pós-guerra. A paz não produz sequer intelectuais.

Campanha eleitoral propositiva é coisa de extintos comunistas do marxismo latino-católico. Povo quer adversários separados no ringue do radicalismo. Como dizia a paródia de um velho reclame, “liberal, liberal, é melhor e não faz mal”.

Povo adora ver porrada no UFC do TRE.


Prêmio Bola de Ouro

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 3 de julho às 10:07

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A
revista Placar está mantendo a tradição do Brasileirão durante a Copa do Mundo e vem pontuando os jogadores das seleções para a disputa dos melhores do torneio na Bola de Ouro (o craque maior).
Até agora, quatro craques estão empatados com a mesma média, 7,38: Arjen Robben, Lionel Messi, James Rodriguez e Thomas Müller.
O Brasileiro melhor colocado é Neymar com média 7.


#VaiTerSegundoTurno

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 3 de julho às 08:25

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Na nova pesquisa Datafolha, a petista Dilma Rousseff recuperou 4 pontos do que já havia perdido desde fevereiro, mas não conseguiu se distanciar dos candidatos de oposição, que agora estão empatados com ela e consolidam a realização de segundo turno na eleição presidencial. Ela tem 38%, Aécio Neves foi de 19% para 20%, Eduardo Campos subiu de 7% para 9% e o Pastor Everaldo permaneceu com 4%. Os demais candidatos somam 5%.

Agora o quadro está assim:
datafolha


Argentina de luto por jornalista

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 2 de julho às 19:04

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Jogadores da Seleção da Argentina se solidarizaram com a família da jornalista portenha Maria Soledad Fernández, 26 anos, que morreu em um acidente na madrugada desta quarta-feira a 150 quilômetros de Belo Horizonte.

Ela estava em um Fiat Doblô alugado, placa OXH 5594, que capotou e caiu em uma ribanceira de aproximadamente seis metros de altura no km 619 da BR-381. Há notícias na imprensa argentina de que o Fiat foi tocado por trás por um outro carro, conduzido por ladrões que queriam assaltar a jornalista e seus dois amigos.

A moça era filha do conhecido jornalista portenho Titi Fernadez, que também está no Brasil cobrindo a Copa do Mundo. Chamada pelo pai de “Sole”, ela tem outras duas irmãs que herdaram a paixão paterna pelo futebol.

A foto acima é da página do Twitter do jornalista, na data do seu aniversário em 17 de junho. Maria Soledad foi à capital mineira naquele dia só para fazer surpresa ao pai.

Via Twitter, o zagueiro Demichelis falou em nome de toda a Seleção alviceleste. “Meus pêsames. Estamos todos com você e com sua família. Me solidarizo por todo plantel”, publicou Demichelis, fazendo referência ao pai da jovem.

O atacante Ezequiel Lavezzi também mandou mensagem ao pai de Maria Soledad. “Imensa dor pela morte da filha de Titi Fernández. Um abraço gigante a ele e toda a sua família”.

Já o volante Mascherano postou uma mensagem em outras redes sociais: “Meus pêsames a Titi Fernández e a toda sua família neste momento. #ForzaTiti”, escreveu.

Maria Soledad Fernández trabalhava para a produtora de TV Torneos y Competencias, especializada em conteúdo esportivo. A empresa disse que não vai comentar o assunto.

Ela estava acompanhada de dois colegas. O motorista do Doblô é Fernando Javier Bruno, 41 anos, que foi socorrido com ferimentos. O outro passageiro é Juan Daniel Berazagueti, 43 anos, também socorrido pelas equipes da concessionária que administra a rodovia.

Os dois foram levados para o Hospital de Oliveira, mas depois transferidos para o Hospital Municipal de Betim. Os pacientes sofreram apenas escoriações e estão internados em situação estável, porém muito traumatizados.

O Consulado da Argentina em Belo Horizonte está acompanhando o caso e enviou ao hospital o cônsul-adjunto.


A vitória só vem com bola no pé

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 2 de julho às 10:14

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D
as oito seleções que passaram às oitavas como primeiras colocadas em seus grupos, apenas duas se classificaram às quartas nas cobranças de pênaltis. Exatamente Brasil e Costa Rica, as que mais sofreram diante dos respectivos rivais, Chile e Grécia.

Não que as outras seis também não tenham sofrido. Todas tiveram dificuldades para superar os adversários, mas pelo menos souberam encontrar a vitória no jogo corrido, sem precisar se expor à sorte lotérica das terríveis disputas de bola parada.

É a primeira Copa do Mundo com os líderes dos oito grupos iniciais classificados para a segunda fase do mata-mata. E há entre eles quatro seleções campeãs do mundo: Brasil, Alemanha, Argentina e França contra quatro que jamais conquistaram uma taça.

E como até agora boa parte da mídia tem dito que o torneio está marcado por surpresas, com seleções sem tradição complicando a vida das favoritas, as outras quatro, Holanda, Colômbia, Bélgica e Costa Rica tentarão fazer história nos gramados brasileiros.

Pelo que se jogou até agora, sem qualquer equipe com aquela diferenciação digna de ser taxada como uma superseleção, não será mais surpreendente que as naturais favoritas tropecem nas quartas de final. Ninguém arrisca dizer que as camisas vão pesar.

Duas delas se enfrentam entre si, Alemanha e França, uma matando a outra no rumo da semifinal. O Brasil aposta nas estatísticas para superar o futebol técnico e rápido da Colômbia, de quem pouquíssimas vezes perdeu e jamais enfrentou numa Copa.

O time belga passou pelos adversários com eficiência, mas sem apresentar a mesma bola das eliminatórias europeias. Pode vencer, sim, a Argentina, desde que não deixe Messi e Di Maria livres para construir jogadas. A Suíça sabe como isso é letal.

Se o meia do Real Madrid acertar apenas um terço de tudo que errou ontem contra os suíços, os hermanos terão menos dificuldade contra os belgas. Di Maria teve a bola o tempo todo, mas só acertou uma jogada quando Messi o serviu na bandeja.

A Holanda tem tudo para passar pela inesperada Costa Rica, só não pode incorrer nos pecados que teve contra o México, abrindo demais o jogo e permitindo o jogo técnico de Giovanni. Há gente talentosa também no time costarriquenho. Cuidado.

O que surpreende nessa copa não é o alto nível de times como Colômbia e Bélgica (olha que o rei Pelé avisou meses antes, heim?), mas o nivelamento mediano das seleções classificadas. Quem diria que Brasil e Alemanha sofreriam com Chile e Argélia?

Sexta-feira o time de Neymar tem um teste de fogo, que na verdade deveria ter tido nos amistosos preparatórios pós-Copa das Confederações. Felipão e a mídia pacheca acreditaram que o time estava pronto no ano passado, e agora sabem que não.

O Brasil iniciou a Copa com um ataque que se supunha espetacular na triangulação de Fred, Hulk e Neymar e com um meio de campo endeusado por todos. O que se tem agora é uma dependência de Neymar, um ataque nulo e um meio-campo estéril.

Enfrentará uma seleção que tem no seu meio de campo o setor mais criativo, com um jovem craque em estado de graça e com fome de gols. Vai precisar reencontrar o eixo psicológico e a alma do time com a bola no pé e não com os ouvidos no oba-oba patriótico das arquibancadas.


Atualizando a charge do dia

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 2 de julho às 09:08

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O pau de deus

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 2 de julho às 07:49

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A
ssim como o Brasil contra o Chile, a Argentina também escapou no último minuto com uma bola na trave acertada pela Suíça. Na edição hispânica do diário Lance, a capa faz alusão ao gol de mão de Maradona em 1986, e diz que a trave foi obra divina.


O craque de 22 anos

Em por Alex Medeiros
Atualizado em 2 de julho às 07:19

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“O Brasil prometeu que, nesta Copa, o mundo veria um jogador especial. Ele veste uma camisa amarela com o número 10 e produz momentos de mágica que os meros mortais dificilmente podem sonhar em reproduzir. Ele tem 22 anos – um jogador com pés ágeis, mente que vê cada movimento antes que seus oponentes possam respirar, um jogador que pode marcar um gol que para todo o mundo pareceria impossível. O que o Brasil não contava é que ele vestiria o amarelo da Colômbia e o seu nome é James Rodriguez”.

As aspas acima são do comentário do jornalista norte-americano James Masters, no site da CNN, logo após o sufoco do Brasil contra o Chile e o show de bola da Colômbia sobre o Uruguai.