Nós vivemos uma época eleitoral de questionamentos. De um lado, uma parte dos brasileiros defende a mudança. Do outro, a continuidade. Mas, na verdade, o País precisa mesclar as duas frentes: prosseguir com ações que deram certo e mudar os setores com resultados negativos.
Infelizmente, nosso País, que vinha em uma curva ascendente de 1995 a 2010, começou a cair. A ascensão deu lugar à queda durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), em praticamente todas as áreas de atuação. Quando isso acontece, vem a necessidade de mudança.
O Brasil vive um momento difícil na Saúde, Educação, Segurança e, principalmente, na Economia. Embora o governo do ex-presidente Lula (PT) tenha conseguido, por meio de ações efetivas, combater de frente a pobreza, Dilma não conseguiu, nessa mesma linha, dar um passo à frente. Para completar, deixou a desejar nos demais setores.
Vamos começar pela Saúde. É um problema que parece crônico. O caos na área atinge os quatro cantos do País. Faltam médicos, remédios, novos hospitais e praticamente não existem ações preventivas. Enquanto Estados e Municípios investem mais de 15% da área, devido à Emenda 29, a União investe pouco mais de 5% da sua receita bruta no setor. É inadmissível que o Governo invista menos de 10% num setor de tanta necessidade. Para a Saúde melhorar, é preciso mudar.
A Educação é outro setor que precisa ser oxigenado. O governo fez a expansão das Universidades e Escolas Técnicas, mas esqueceu da Educação de Base. Muitos estudantes estão chegando ao nível superior sem ter base necessária para acompanhar. No ensino técnico, o governo está formando milhares de profissionais, mas não criou mecanismos de inclusão no mercado de trabalho. É inegável os avanços que tivemos no Ensino Técnico e Superior, mas o Brasil precisa dar um passo à frente. Precisa avançar, o que não parece ser uma das metas da presidente Dilma.
A Segurança é um caos em todas as regiões e todos os estados brasileiros. Faltam ações preventivas e repressivas, o sistema prisional brasileiro é uma escola do crime, o cidadão de bem está sendo obrigado a ficar preso dentro de casa, enquanto os bandidos tomam as ruas. O governo só aparece na hora de defender bandido de menor. O próximo presidente precisa tomar medidas duras e severas para punir a criminalidade. Uma delas deve ser o apoio à redução da maioridade penal. A Segurança está péssima. Está na hora de mudar.
A economia é outro setor frágil. A previsão para 2014 é de 7% de inflação e 1% de crescimento, o que vai penalizar o bolso de todos nós. Os aumentos serão sucessivos. Começarão pela energia e a gasolina. A fragilidade econômica do governo Dilma já é sentida por cada brasileiro na hora de ir ao supermercado. A cada mês, pagamos mais caro e levamos menos alimentos para casa. Sem contar que o comércio exterior do Planalto tem se preocupado mais em atender aos países ideologicamente alinhados com o PT do que nos lucros que o Brasil poderia ter. Se a Economia vai mal, é preciso mudar.
As deficiências nos serviços prestados pelos municípios e estados também estão atreladas ao governo federal. A União mantém mais de 70% do bolo tributário do País, enquanto Estados e Municípios menores, como os nossos, sobrevivem praticamente de FPM e FPE, sem qualquer capacidade de investimento. Em contrapartida, são responsáveis pelo atendimento básico em Saúde, a Educação Infantil e fundamental, com recursos bem inferiores ao da União. O atual governo caminha no sentido contrário. Conseguiu vetar o aumento de 2% que o FPM teria e reduziu para apenas 1%. O Pacto Federativo precisa mudar.
Além desses setores críticos citados acima, temos ainda as principais obras do governo federal inacabadas, como a transposição do Rio São Francisco, a Ferrovia Transnordestina e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Enquanto a Saúde, a Segurança e a Economia vão mal, o governo Dilma prioriza a construção de um Porto em Cuba, realiza uma operação duvidosa na compra de uma refinaria, perdoa dívidas externas de ditaduras e aparelha a máquina pública.
Hoje, são 39 ministérios aparelhados, para servir mais aos objetivos políticos de perpetuação do PT no poder do que para gerar benefícios à população. As estatais também estão aparelhadas. E parte do dinheiro dos cargos comissionados vai para o próprio PT. O filiado é obrigado a “doar” 10% do seu salário. A sigla atinge recorde de arrecadação dessa forma, chegando a R$ 8 milhões no mês. É o uso político da máquina pública.
Chegamos a um estágio em que o País precisa de mudança. O Brasil necessita de um governo que valorize a Saúde, mude o pacto federativo, invista na Educação de Base, crie uma política nacional de Segurança, mude o rumo da Economia, desaparelhe a máquina pública e, acima de tudo, faça a nação voltar a avançar após esse período de estagnação.
Na minha singela opinião, o homem certo para promover essas mudanças seria o Eduardo Campos. Com a tragédia que o tirou do pleito, irei esperar as novas definições para me posicionar. Mas, de uma coisa eu tenho certeza: está na hora de mudar. “Não vamos desistir do Brasil”, disse Campos, antes de partir. Por isso, é hora de lutar para mudar, como ele queria, como ele sonhou.